quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Amor às Estrelas

Me perdoa, Deus, por compartilhar um sentimento desse que é tão Teu. Mas, eu fico imaginando que, se um mísero mortal como eu, vivendo tão pouco e tão rápido, admira tanto, nesses segundos de vida, os milésimos que as pessoas queridas alcançam crescendo, se desenvolvendo, desabrochando, eu fico imaginando como é infinitamente lindo, o Senhor aí nessa vastidão, olhando zilhões de sóis surgindo, dando vida a multiplicados planetas, e neles, tantas outras estrelinhas humanas, Tuas filhas, que todo dia, alguém, crescendo, se ascende mais. Eu não mereço sentir um milionésimo desse Teu absoluto amor!
 
Quando eu for pai, quero ser igual ao Senhor. E ficar marcando na parede desse meu pequeno universo, todo mês, um tracinho, que vai fazer lembrar que o meu pequenino, um dia, foi pequenino. Mas, não vou querer que ele fique no tracinho. Nunca! Vou deixar ele fazer milhões de tracinhos em mim, com guache e com chocolate. Até o dia em que ele conseguir, sem subir em cadeira nenhuma, desenhar, lá do alto onde ele estiver, fazer um tracinho na minha careca corcunda que já vai estar reluzente, feito estrelinha, apontada pro céu, refletindo o Senhor, meu Pai!

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